
Mas estou de volta com uma pequena reflexão sobre duas notícias que li na semana que passou.
A primeira delas repercutiu nacionalmente e, se você não ouviu falar a respeito, pode ler no site do G1 ou assistir no site da TV Paranaíba. A notícia é sobre uma festa combinada pela internet, que levou mais de 70 adolescentes a matarem aula para curtir música alta e consumir bebida alcoólica e drogas numa quarta-feira às 7h da manhã.
E a má notícia é que esta festa foi realizada numa casa a poucos quarteirões da escola onde trabalho e vários alunos meus estavam lá. É de se preocupar.
Tudo bem que nos dias de hoje ser certinho, fazer todas as tarefas, não matar aula, obedecer os pais é o mesmo que ser careta, nerd ou coisa assim. Mas precisa chegar nesse nível? Fiquei triste ao ver a notícia no jornal enquanto almoçava.

Em uma das entrevistas que eu vi com pessoas envolvidas, havia uma avó dizendo que havia perdido a filha (assassinada por envolvimento com drogas) e que a neta de 13 anos estava na festa. E o pior da entrevista foi ver essa senhora afirmar que iria entregar a neta para o Conselho Tutelar porque se recusava a cuidar da menina nessa situação. Quando eu vi isso me perguntei: em que mundo estamos? Que tipo de família cria essas crianças hoje? Quais os valores passados a essas crianças?

Eu entendo, é difícil. Eu, que não tenho filhos, às vezes chego em casa cansada do trabalho e fico imaginando: e se eu ainda tivesse que cuidar de uma criança? Dar banho, comida, olhar tarefa, conversar, brincar? Não sei se conseguiria.
Mas muitas vezes os pais não pensam nisso antes de colocarem as crianças nesse mundo. Muitas vezes essas crianças são fruto de um acidente, o que vira uma bola de neve: os pais não tem condição de sustentar a criança, trabalham demais pra conseguir esse sustento, a criança fica sozinha o dia todo em casa, faz coisa que não deve (porque os pais não têm tempo de acompanhar), e outro acidente acontece. Nasce outra criança.
Mas muitas vezes os pais não pensam nisso antes de colocarem as crianças nesse mundo. Muitas vezes essas crianças são fruto de um acidente, o que vira uma bola de neve: os pais não tem condição de sustentar a criança, trabalham demais pra conseguir esse sustento, a criança fica sozinha o dia todo em casa, faz coisa que não deve (porque os pais não têm tempo de acompanhar), e outro acidente acontece. Nasce outra criança.
E o que eu posso fazer pra resolver isso? Bom, não sei. Isso é um problema social. A obrigação de resolvê-lo é daqueles que eu elegi pra me representarem na minha cidade, no meu estado e no meu país. E não vou me estender no assunto, principalmente sobre cobrar providências dessas pessoas, porque esse assunto vai loooonge.

E a conclusão a que chegaram: poderia ser o fim do mundo bom e cheio de comodidades que temos hoje. Ou a escola acabaria sendo inventada novamente.

Mas a revista também oferece um outro cenário. As pessoas iriam correr atrás do prejuízo e começariam a ensinar umas às outras o que precisam saber para construir tudo isso. E a escola surgiria novamente.
Seria interessante que esse jovens que dizem não gostar de estudar pensassem a respeito disso. Sem escola, não existiriam coisas que pensamos serem simples, como o celular. E que adolescente vive hoje sem celular?
5 comentários:
Engraçado mesmo Cecília!!
Escola existe a anos... e prá que serve mesmo?? Todo mundo (na sua maioria) acaba passando por ela mas nem todos conseguem entender e retirar o que ela pode proporcionar às pessoas..
Até quando????
Fico me perguntando a mesma coisa, João... até quando??
Tem hora que eu fico pensando que eu sou muito nova na profissão, por isso que ainda fico divagando sobre essas coisas... muitos professores me dizem isso... mas acho que quando nos acomodamos com as coisas como estão elas tendem só a piorar. Vamos ver se daqui alguns anos eu ainda vou pensar assim né hehehehehe
Vc não tem espírito acomodado não!!
Pode ficar tranquila que vc continuará a ser a mesma.. observadora... enfim... cabeça fria e bola para frente... E que venham as observações!!
Obrigada pelo apoio João!!
E bola pra frente!!
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E o que você me diz sobre isso?